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Tocantins apresenta diminuição dos casos de leishmaniose dos tipos visceral e tegumentar

Dados são do Informe Epidemiológico da SES-TO, em relação aos meses de janeiro a junho de 2023

16/07/2024 às 13h25
Por: Redação Fonte: Secom Tocantins
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Dados foram divulgados no Informe Epidemiológico do Tocantins, com atualização em 12 de julho de 2024 - Foto: Divulgação SES
Dados foram divulgados no Informe Epidemiológico do Tocantins, com atualização em 12 de julho de 2024 - Foto: Divulgação SES

Com os objetivos de alertar a população e promover ações estratégicas por meio dos dados coletados, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) divulgou na segunda-feira, 15, o Informe Epidemiológico do Tocantins referente ao período de janeiro a junho de 2024, com informações sobre a leishmaniose, doença que possui dois tipos: a visceral e a tegumentar.

Segundo o Informe Epidemiológico do Tocantins, entre janeiro e junho de 2024 foram detectados 25 casos novos de leishmaniose visceral, apresentando queda de 57,6% dos casos em relação aos dados do ano passado, quando foram registrados 42 novos casos. Apesar da queda, houve um óbito no município de Pium. Os 25 casos de leishmaniose visceral registrados em 2024 foram confirmados nas seguintes regiões de saúde: Capim Dourado (40%), Bico do Papagaio (20%); médio norte Araguaia (16%), Ilha do Bananal (20%) e Cantão (4%).

Já os dados de leishmaniose tegumentar apresentam queda de 4,1% em relação aos casos do período entre janeiro e junho de 2023, sendo 146 casos em 2023 e 141 casos registrados em 2024, sem registros de óbitos no período. Os dados apontam que em 87,2% dos casos, a forma clínica da doença foi cutânea, já nos 12,8%, a forma clínica foi mucosa. As regiões de saúde que apresentaram casos da doença foram Bico do Papagaio (13,5%), médio norte Araguaia (13,5%), cerrado Tocantins Araguaia (5,7%), Cantão (10,6%), Capim Dourado (32,6%), Amor Perfeito (7,1%), Sudeste (9,2%) e Ilha do Bananal (7,8%).

O biólogo em saúde e responsável pela área técnica das leishmanioses da SES-TO, Julio Bigeli, ressalta a importância das ações da desenvolvidas pela pasta. “Nós temos trabalhado com o assessoramento das equipes municipais de saúde, com foco na construção de seus planos de ação para intensificação da vigilância e controle da leishmaniose visceral. No primeiro semestre de 2024, realizamos a capacitação8 toques para a leishmaniose,para qualificação das práticas de assistência à saúde de médicos e enfermeiros, que atuam sobretudo na atenção primária dos municípios, já que essa deve ser a porta de entrada para os pacientes com leishmanioses no SUS [Sistema Único de Saúde]. Estamos fortalecendo a vigilância e a investigação de óbitos suspeitos por leishmanioses; e ainda participamos ativamente de um projeto-piloto promovido pelo Ministério da Saúde com esse objetivo”, destaca.

“O principal objetivo da nossa equipe atualmente é avançar no processo de descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral por meio do teste rápido para a atenção primária. Iniciamos essa estratégia em 2023, de forma pioneira no país e temos participado, com o Ministério da Saúde, para fortalecer esse trabalho nos demais estados. O intuito é que esse serviço esteja disponível aos pacientes nas unidades básicas de saúde, o que permite ter um diagnóstico mais precoce da doença e, por consequência, seu tratamento oportuno. O processo é simples e já está disponível a todas as secretarias municipais de saúde do Tocantins, basta que as equipes municipais sigam as instruções que publicamos por meio de nota técnica”, acrescenta o responsável.

A doença

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos, que se alimentam de sangue. A tegumentar é caracterizada por feridas na pele, que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Já a visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea. O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, o tratamento é realizado com medicamentos e acompanhamento por profissionais, ofertados gratuitamente pelo SUS.

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