O presidente insinuou também a participação do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), no caso e afirmou que não dá palpite em decisões de outros poderes.
O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira a operação que teve como alvo o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), dizendo que “o Brasil é maior do que pequenos problemas” e que fala por si, não pelos outros. Questionado sobre se há “armação”, Bolsonaro insinuou a participação do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), no caso e afiirmou que não dá palpite em decisões de outros poderes.
O presidente falou com jornalistas por mais de dez minutos sob a chuva ao deixar o Palácio da Alvorada. Ele inicialmente disse que não responderia sobre “outros casos” que não a questão indígena, diante do amplo noticiário sobre a operação do Ministério Público do Rio deflagrada ontem contra seu filho.
Ao se aproximar dos jornalistas, Bolsonaro começou com um discurso. “Pessoal da imprensa, tenho o maior prazer em conversar com vocês. Quando descamba para um lado pessoal dos outros, eu não vou responder. Não dou palpite em decisões de outros poderes”, afirmou. “O Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Os meus, eu falo sobre mim. Os dos outros, não tenho nada a ver com isso.”
Bolsonaro citou, então, diversos casos em que seu nome foi envolvido, como a acusação de racismo feita contra ele pela deputada Maria Rosário (PT-RS) e a citação a seu nome por um porteiro do condomínio onde morava, no Rio, e onde também moravam suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco, em março de 2018.
Os repórteres questionaram,então, se ele acreditava que a operação do MP fluminense contra Flávio era uma armação. Ele respondeu citando o governador do Rio.
“Vocês sabem o caso do Witzel comigo. Foi amplamente divulgado aí, inteligência levantou”, disse. “Já foi gravada conversa entre dois marginais citando o meu nome para dizer que eu sou miliciano”, completou, sem deixar claro a que gravação ou grupo de inteligência se referia.